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A intransigência da Caixa Econômica Federal marcou a segunda rodada de negociação da pauta específica de reivindicações da Campanha 2014 com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). 

A reunião foi realizada na sexta-feira (29), em Brasília, ocasião em que o banco não apresentou contraproposta para solucionar demandas relativas à Funcef, aposentados e isonomia de direitos. 

Desde a primeira rodada de negociações, em 21 de agosto, os trabalhadores têm feito propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica com a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como saúde do trabalhador, Saúde Caixa, programa de Desempenho de Gestão de Pessoas (GDP), Funcef, aposentados e isonomia.  No entanto, isto não só não aconteceu, como o resultado da negociação desta sexta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar avanços satisfatórios.

Funcef

As negativas da Caixa começaram pelas demandas sobre a Funcef. De início, o banco recusou-se a reconhecer o CTVA como verba salarial para fins de aporte à Fundação, tanto para os que saldaram quanto para os que permaneceram no REG/Replan não-saldado. O banco argumentou não ser viável o reconhecimento do CTVA, informando que o assunto poderá ainda ser avaliado.

Também foi negado o fim da discriminação ao pessoal do REG/Replan não-saldado, de forma a que seja garantido aos participantes deste plano de benefícios da Funcef o direito de migrarem para o PCS 2008 e para o PFG 2010. O entendimento das entidades sindicais é de que a postura da empresa se constitui em retaliação a esses empregados, pelo fato dos mesmos terem simplesmente optado por não aderir ao Novo Plano, algo que lhes foi facultado à época do saldamento. Foi reivindicado ainda o fim da discriminação aos trabalhadores que possuem ações trabalhistas contra a Caixa. 

O Comando considera importante o avanço que o GT na Funcef conquistou em itens como auxílio e cesta-alimentação, abono e Pams, cabendo à Caixa a responsabilidade integral por essas demandas. Diante disso, o movimento sindical reivindica que essa mesma situação se reflita também nas questões relacionadas a CTVA, horas extras e outras reivindicações dessa natureza. 

Há aproximadamente 14.652 processos e, até maio deste ano, o provisionamento para perda era de R$ 1,69 bilhão, cujo principal objeto é de caráter trabalhista. Como patrocinadora, a Caixa não pode impor o custo desse contencioso nas costas da Funcef e de seus participantes.

A Caixa, por outro lado, mostrou-se disposta a dar continuidade a esse debate, com o intuito de buscar resolver o problema, apesar de considerar difícil uma solução satisfatória, dada a magnitude da situação.

O fim do voto de Minerva, outro ponto crucial defendido pela representação nacional dos empregados, foi negado ainda pelo banco. A Caixa recusou-se também a atender o item da obrigatoriedade de que os indicados para cargos de direção da Funcef sejam empregados em atividade ou aposentados, participantes da Fundação. A alegação é de que essas reivindicações se referem a prerrogativas conferidas pela legislação às patrocinadoras dos fundos de pensão. 

Inicialmente irredutível para a exigência de corrigir as verbas salariais das mulheres pré-79, que se aposentaram antes do ano de 1979 ganhando menos que os homens, a Caixa acenou com a proposta de levar novamente esse assunto para uma reavaliação. Atualmente, existem 4.700 mulheres nessa situação a um custo atuarial e financeiro que totalizam R$ 48 milhões, com base nos números de abril deste ano. São mulheres que se aposentaram proporcionalmente. 

Os dirigentes sindicais cobraram informações a respeito do processo de incorporação do REB pelo Novo Plano. Em resposta ao pedido, os representantes da Caixa comunicaram que o assunto está sob apreciação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e das áreas técnicas da própria empresa e da Funcef. 

Aposentados

O debate sobre as reivindicações relativas aos aposentados foi iniciado com dois registros. Um deles diz respeito à participação de Edgar Antonio Lima, que assume a presidência da Fenacef com a morte recente de Décio da Carvalho, passando a integrar a CEE/Caixa.

O outro registro esteve relacionado ao Dia do Bancário, comemorado na data de 28 de agosto. Foi ressaltada, nesse particular, a força da categoria bancária, uma das únicas no país que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho válida para todos os bancários (públicos e privados). 

Na Caixa, o reconhecimento do empregado como integrante da categoria se deu a partir da greve de 1985, quando em 30 de outubro daquele ano os trabalhadores fecharam 100% das agências e unidades da empresa em todo o país, para exigir jornada de trabalho de seis horas e o reconhecimento à condição de bancários, o que implicava em direito à sindicalização. 

Uma das demandas para os aposentados na pauta de reivindicação específica é a extensão do Saúde Caixa aos trabalhadores que se aposentaram por meio de Programa de Apoio à Demissão Voluntária (PADV). A Caixa mostra-se disposta a debater o assunto, caso haja uma nova variável a respeito do tema. 

No momento, porém, a posição é de não atendimento da reivindicação, considerada pela empresa financeiramente inviável. 
O fim dessa injustiça e discriminação contra 4.765 pessoas é um dos itens da pauta específica da Campanha 2004. Para reafirmar essa luta, o Comando tem reunido dados para realizar estudo com o objetivo de apresentar uma nova variável ao banco. 

A Caixa não avançou também no quesito da extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, inclusive aos desligados por PADV. Ficou, porém, de apresentar o quantitativo de ações transitadas em julgado com decisões desfavoráveis aos empregados. Foi negado ainda o pagamento de abonos e PLR aos aposentados e pensionistas. 

Em relação à criação de um programa de renegociação de dívidas, com taxa de juros que viabilize o pagamento do débito, sem comprometer a sobrevivência de todos os empregados nessa situação, os representantes do banco informaram que estão realizando um programa-piloto, devendo apresentá-lo até março de 2015. O Comando solicitou mais informações a esse respeito, para que possa contribuir com essa discussão. 

Ficou mantida a isenção de taxas e tarifas aos aposentados e pensionistas, na mesma proporção oferecida aos empregados em atividade. A luta, agora, é para garantir que o benefício esteja em acordo coletivo. 

Isonomia de direitos

O Comando voltou a cobrar equiparação de direitos de todos os empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Ambas as reivindicações foram consideradas complexas pela Caixa, que alegou a falta de autorização por parte dos controladores para tratar desses temas nas negociações específicas. Houve protesto e o Comando insistiu para que o banco apresente os números a respeito de eventuais impactos, caso a extensão desse direito seja concedida aos demais bancários. Cobrada a esse respeito, a Caixa se comprometeu a fazer esse estudo. 

No debate sobre a revisão da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa com valorização salarial, o Comando reivindicou um plano similar ao que foi feito para a carreira profissional, mas o banco alegou dificuldade financeira e quantidade de empregados para atender ao pedido. 

Foi pleiteada uma avaliação do PCS de 2008, tendo em vista que esse plano completou seis anos. O entendimento é de que seria importante fazer essa avaliação com base no quadro de pessoal e outras questões igualmente pertinentes. A Caixa se comprometeu a analisar essa possibilidade. 

O Comando voltou a cobrar da Caixa a participação irrestrita em PSI para optantes do REG/Replan, assim como a eliminação de toda e qualquer discriminação em processos seletivos internos, estágio probatório ou qualquer outra situação, em razão de idade, pessoas com deficiência, orientação sexual, gênero, etnia ou qualquer outra condição, incluindo empregados aposentados pelo INSS que permanecem em atividade. 

A resposta da Caixa foi de que não existe orientação para que ocorra qualquer tipo de discriminação. Na ocasião, inclusive, foi formalizada a denúncia de que, Brasil afora, mulheres gestantes com funções gratificadas vêm perdendo esses cargos sumariamente pelo simples fato de estarem grávidas. 

A Caixa ainda recusou-se a manter as gratificações dos empregados envolvidos em processos de apuração sumária, até que a situação seja concluída. Os dirigentes sindicais reivindicaram o direito à ampla defesa para esses empregados, o que vem sendo negado peremptoriamente pelo banco. 

Para reforçar o pedido de manutenção das gratificações, os representantes dos empregados relataram um caso ocorrido em Curitiba (PR), na agência Comendador, pelo qual o empregado Airton Malaski foi punido com a perda da função devido a ter sido testemunha em ação perpetrada por uma bancária aposentada. A Caixa ficou de apurar a denúncia, alegando que tal procedimento não possui amparo nos normativos da empresa. 

Foram pontuados ainda os problemas vivenciados pelos dirigentes sindicais liberados e a empresa ficou de retornar com uma posição. 

Vale-Cultura

A representação nacional dos empregados reivindicou a concessão do vale-cultura a todos os trabalhadores. O benefício é uma conquista da Campanha 2013, mas contempla apenas os empregados que recebem até cinco salários mínimos, o que representa menos de 25% do quadro total de empregados do banco. 

A proposta do Comando prevê, no entanto, desconto zero para quem ganha até cinco salários mínimos e desconto variando de 10% a 60% para faixas salariais acima desse valor. A Caixa ficou de analisar essa proposta. 

Avaliação 

O Comando avalia que a Caixa precisa apresentar uma proposta decente para o desfecho das negociações específicas da Campanha 2014. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às reivindicações específicas como quanto às demandas gerais tratados na mesa única de negociações da categoria com a Fenaban.

Novas rodadas

Nas próximas rodadas, que ocorrerão nos dias 8 e 12 de setembro, serão negociados os temas segurança bancária e terceirização, que seriam discutidos na reunião desta sexta-feira. Nessas ocasiões, haverá ainda debates sobre carreira, contratação de pessoal, condições de trabalho, jornada de trabalho/Sipon e organização do movimento. 

Mobilização 

O Comando reforça a orientação às entidades sindicais de todo o país para que intensifiquem a mobilização e realizem na próxima semana em todos os locais de trabalho o plebiscito popular sobre o sistema político, que acontecerá de 1º a 7 de setembro.

Uma das formas de garantir a participação dos empregados é a utilização pelos sindicatos das mesmas urnas e dos mesmos roteiros usados por ocasião das eleições sindicais.


Fonte: Contraf-CUT

A primeira negociação específica da Campanha 2014 entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Caixa Econômica Federal, realizada nesta quinta-feira 21 em Brasília, foi marcada pelo debate sobre saúde do trabalhador e Saúde Caixa e frustrou os empregados. 

Os dirigentes sindicais defenderam as reivindicações dos trabalhadores, sobretudo pelo fim do assédio moral, suspensão de metas individualizadas com programa de Gestão por Desempenho de Pessoas (GDP) e melhores condições de trabalho. 

GDP

No caso do GDP, a maior queixa do movimento sindical é de que a medida foi imposta de forma unilateral pela direção do banco e fere todos os princípios coletivos da relação de trabalho, atuando como um verdadeiro "canto de sereia". A saúde e as condições de trabalho são itens prioritários definidos pelo 30º Conecef. Os trabalhadores não concordam com a atrocidade que é o GDP, que institucionaliza a cobrança de metas individuais, rotula o empregado, cria remunerações variáveis e abre espaço para rankings de desempenho, com o consequente aumento no volume de situações de adoecimento no trabalho. Não é aceitável trabalhar em ambiente que adoece, com pressões cada vez maiores. Se não for discutido o fim do programa, a saúde dos trabalhadores ficará seriamente comprometida.

Entretanto, a Caixa frustrou os trabalhadores, pois recusou a reivindicação de suspender o programa de GDP durante a Campanha 2014 para posterior negociação do modelo com os representantes dos trabalhadores.  O GDP não desenvolve nenhuma relação em equipe, apenas estimula o empregado a atuar sozinho e competir ferozmente com os colegas de trabalho. Esse modelo termina com as relações de trabalho, por isso os bancários insistem pelo fim do GDP.

O Comando sustentou que o atual GDP estipula metas abusivas e deixa o ambiente propício a práticas de assédio moral. Os representantes dos trabalhadores reforçaram que estão atentos a qualquer descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe a divulgação de ranking individual de empregados. O nível de adoecimento aumentou, bem como a concorrência entre os colegas. A Caixa não tem a necessidade de implantar um instrumento desse tipo, que é totalmente desproporcional e coloca um empregado contra o outro. 

Diante do descaso da Caixa para com essa questão, o Comando reafirmou posição contrária ao programa GDP, justamente por priorizar a gestão de resultados e não considerar a falta de condições de trabalho que afeta o conjunto dos empregados. 

> Clique aqui para acessar a da nota da Contraf-CUT de repúdio ao GDP.

O Comando frisou a necessidade de avanços no trato dos problemas existentes nessa área e defendeu o permanente combate à lógica da competição e do individualismo inseridos no GDP e em outras medidas adotadas unilateralmente pelo banco.

Saúde do trabalhador 

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram o fim do assédio moral e sexual, assim como de todas as formas de violência organizacional, com a inclusão de punição normativa aos gestores e demais empregados que comprovadamente pratiquem qualquer forma de violência contra colegas, subordinados e demais pessoas. 

Foram feitas cobranças de procedimentos de efetivo combate a essas práticas abusivas. A imposição de metas abusivas e as pressões por resultados foram taxadas como exercício de assédio moral. 

Foi reivindicada a adoção de medidas de prevenção contra a violência no ambiente de trabalho. Ficou definida a implantação a partir de novembro deste ano do projeto-piloto debatido no Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho, uma das conquistas da Campanha Nacional 2013, com vistas a melhorar a situação dos empregados em todas as unidades. 

Afastamento por problemas de saúde

A Caixa recusou-se a atender a proposta de incorporação da gratificação de função e do Complemento Temporário Variável de Ajustes de Mercado (CTVA) para empregados que forem obrigados a afastar-se de determinada atividade em razão de problemas de saúde. 

Também esteve em debate a adoção da remuneração-base para fins de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade, assim como o reconhecimento, por parte da Caixa, do avaliador de penhor, tesoureiro e caixa como atividades insalubres. A posição assumida pelo banco é de cumprir o que determina a legislação. 

A Caixa se negou ainda a assumir compromisso de analisar a reivindicação de custeio do tratamento de doenças de trabalho, inclusive para aposentados por acidente de trabalho, negando-se a abarcar terapias alternativas e também tratamentos psicológicos. Acenou, no entanto, com a possibilidade de eventuais mudanças na redação do RH 022, sobretudo em relação à garantia de manutenção da titularidade e complementação salarial referente à função e CTVA para afastados por motivos de saúde, dentro do período de 180 dias. 

Também foi negada a reposição do trabalhador licenciado no caso de afastamento por Licença para Tratamento de Saúde (LTS) ou Licença por Acidente de Trabalho (LAT) superior a 30 dias, assim como não houve concordância em estabelecer a redução da jornada de trabalho, sem prejuízo da remuneração, para empregados com filhos com deficiência que exijam tratamentos especializados. 

O banco ficou de analisar, porém, a concessão do abono de ausência para acompanhamento ao médico, e a outras situações indicadas, com filho com deficiência, sem limite de idade.

Saúde Caixa

Foi formalizado o acordo para que seja elaborada uma proposta de metodologia para a utilização dos superávits anual e acumulado do Saúde Caixa. Essa proposta deverá ser construída no âmbito do GT Saúde do Trabalhador, com desfecho até a primeira quinzena de dezembro. 

A discussão sobre o destino do superávit é uma reivindicação, que visa à ampliação de coberturas e melhorias gerais no plano de saúde, com a utilização do resultado anual, com devido aporte da parte da Caixa (70%), para melhorias no plano, com base em parecer de assessoria técnica contratada. 

O Comando também cobrou mais respeito da Caixa para com os representantes dos empregados no Conselho de Usuários, já que a empresa tem negado informações sobre dados atuariais, entre outros itens. Diante da cobrança, os negociadores do banco assumiram o compromisso de conversar com os seus indicados sobre o assunto. 

O Comando, por outro lado, reforçou a cobrança de transformação do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo, reivindicação negada pela Caixa, e defendeu o fortalecimento dos comitês de acompanhamento da rede credenciada. 

A Caixa aceitou algumas reivindicações que constam na pauta específica, como a eliminação da carência de 30 dias entre um atendimento e outro, quando se tratar de pronto-socorro, e o item de garantia do Saúde Caixa na aposentadoria para todos. 

Foram negados, porém, a anistia das dívidas do antigo Programa de Assistência Médica Supletiva (Pams) e o custeio de procedimentos médicos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Prorrogação do aditivo

Os representantes dos empregados cobraram também da Caixa o compromisso com a boa-fé nas rodadas de negociações específicas da Campanha 2014, de modo a possibilitar o aumento da confiança no processo de diálogo. Ficou definida ainda a prorrogação do acordo coletivo aditivo da Caixa à CCT até a assinatura de um novo instrumento. 

Calendário de negociações específicas

A segunda rodada ficou agendada para o dia 29 de agosto para tratar de Funcef, aposentados e isonomia.

A sugestão é de que as demais rodadas ocorram no dia 8 de setembro (condições de trabalho, segurança, contratação e terceirização) e no dia 12 de setembro (carreira, jornada, Sistema de Ponto Eletrônico -Sipon e organização do movimento). 

Avaliação 

Tão logo foi concluído o debate sobre saúde do trabalhador e Saúde Caixa, os representantes dos empregados fizeram uma reunião para avaliar o resultado dessa primeira rodada. A avaliação é de que a mesa sobre temas específicos é importante, tendo em vista que ainda há muitas demandas para resolver com a Caixa. 

Homenagem póstuma

Antes da negociação, o Comando prestou uma homenagem póstuma à memória do empregado aposentado Décio de Carvalho, presidente da Fenacef. Ele faleceu nesta semana, deixando um legado importante para todos os empregados em atividade e aposentados. Foi destacada a necessidade de continuar com a luta empreendida por ele por todos esses anos. 


Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, realiza a primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional dos Bancários 2014 com a Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira 21, em Brasília. Os primeiros temas a serem debatidos com o banco são Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador. 

As entidades sindicais se reuniram nesta quarta-feira 20, na sede da Fenae em Brasília, para preparar os debates com o banco público federal.

A minuta específica, com as reivindicações aprovadas no 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado entre os dias 6 e 8 de junho, em São Paulo, foi entregue à direção da empresa no dia 11 de agosto, na sede da Fenaban, na capital paulista, logo após a entrega da minuta geral da categoria. 

A exemplo dos últimos anos, a pauta específica será negociada concomitantemente com a Caixa na Campanha 2014, conforme estratégia aprovada na 16ª Conferência Nacional dos Bancários.

As principais reivindicações específicas são: combate ao assédio moral e sexual, fim do voto de Minerva na Funcef, incorporação imediata do REB ao Novo Plano, extensão do Saúde Caixa para aposentados por PADVs, mais empregados por setor, jornada de seis horas para todas as funções sem redução de salário, registro do ponto para todos os empregados, isonomia para admitidos a partir de 1998, fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas e Vale-Cultura para todos os empregados.

Fonte: Contraf-CUT

Após receber diversas denúncias de tesoureiros da Caixa sobre a compensação das horas extras, o Sindicato, através dos diretores Jorge Furlan e Ines Galardinovic, estiveram reunidos com a responsável pelo setor Giret, a senhora Emília, cobrando uma resolução para essa situação.

“A compensação de 100% das horas extras é ilegal e qualquer compensação acima de 50% é contra o Acordo Coletivo dos trabalhadores da Caixa”, explica Furlan. “Além disso, de acordo com o acordo, as horas a compensar deverão ser previamente negociadas entre o gestor imediato e o empregado, com no mínimo 5 dias de antecedência”, completa Ines.

Ainda, de acordo com o Aditivo da Caixa à Convenção Coletiva de Trabalho, a jornada diária de trabalho dos empregados do banco poderá ser prorrogada excepcionalmente, observado o limite legal, e em face da necessidade de serviço, assegurando-se o pagamento, com o adicional de 50% sobre o valor da hora normal ou a compensação das horas extras.

Outro parágrafo do Acordo Coletivo que merece destaque é de que desde 2 de janeiro deste ano o pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados faculta ao empregado optar pela compensação.

Durante a reunião, a responsável garantiu ao Sindicato que a partir do dia 12 de maio, segunda-feira, essa situação seria regularizada. “Portanto, caso haja qualquer diferença no cumprimento do Acordo Coletivo nessa questão ou em outras, entre em contato com o Sindicato e faça sua denúncia para que possamos cobrar, novamente, da Caixa uma resolução para o problema”, finaliza Furlan.

Obs: O texto completo do Acordo Coletivo de Trabalho encontra-se no site do Sindicato. Para ler clique AQUI.

Inscrições se encerram em 02 de junho.

CARTAZ eleicao delegado sindicalO Delegado Sindical é o representante dos Bancários no local de trabalho. Ele tem a função de fiscalizar as Condições de Trabalho, propor soluções e atuar junto ao Sindicato pela garantia e ampliação dos direitos da categoria. O mandato é de um ano, com garantia de emprego até um ano após o fim do mandato e de irremovibilidade (só pode ser transferido do local onde foi eleito se concordar). Para ser candidato é necessário ser sócio do Sindicato e ter cumprido o prazo de experiência contratual.

INSCRIÇÃO - 12/05 A 02/06 ELEIÇÃO - 09/06 A 11/06 RESULTADO - 11/06 - Mandato de 1 ano com início após o resultado da eleição - Serão eleitos o efetivo e um suplente (se houver) - A eleição será no local de trabalho - Todos os empregados terão direito a voto - Envie sua inscrição para o Sindicato através do E-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. - Informações: 4993-8299

Com 25.201 votos, número correspondente a 48,48% do total apurado, a Chapa 3 (Controle e Resultado) foi a escolhida pelos participantes para compor a Diretoria Executiva e os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Funcef. A votação se encerrou às 18h desta sexta-feira, dia 9.

Foram eleitos pela Chapa 3 Antonio Augusto de Miranda e Souza, Max Mauran Pantoja da Costa e Délvio Joaquim Brito, para a Diretoria Executiva, Gilson Tavares Costa (titular), Herbert Otto Homolka (titular), José da Silva Esteves (suplente) e Ayda Pereira Dantas (suplente), para o Conselho Deliberativo, e Jairo Dantas (titular) e Paulo Roberto Fogaça dos Santos (suplente), para o Conselho Fiscal.

Votaram 51.982 inscritos, entre 132.070 com direito à participação.

As demais chapas tiveram a seguinte votação:

Chapa 1 (Movimento pela Funcef), 16.956 votos; Chapa 2 (Novo Rumo na Funcef), 3.984 votos; e Chapa 4 (Funcef pela Base), 4.849 votos.

Os votos em branco foram 430 e votos nulos foram 562.

Foram 41.525 votos pelo SISRH, de participantes em atividade na Caixa, e 10.457 votos pela internet ou por telefone (assistidos, autopatrocinados, empregados da Funcef e afastados).

Do total de inscritos, tiveram direito a voto 94.117 empregados em atividade na Caixa e 37.957 participantes com senha para votar pela internet ou por telefone - 34.925 assistidos (aposentados e pensionistas), 610 empregados da Funcef, 1.945 autopatrocinados e 473 afastados.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, lembra que o processo eleitoral foi uma conquista importante. "Hoje temos participação na gestão e contribuímos para a transparência na administração dos nossos recursos", diz. Ele acrescenta: "desejo bom trabalho aos eleitos. Afinal, a Funcef somos todos nós".

A diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus, afirma que "temos que valorizar o processo democrático conquistado com muito esforço. Foram mais de 20 anos lutando para que os participantes pudessem eleger representantes para as instâncias da Fundação".

O presidente da Comissão Eleitoral, João Alberto Garcia Moschkovich, ressaltou a agilidade, a transparência e a segurança do Processo Eleitoral Funcef 2014, que, segundo ele, "transcorreu em total tranquilidade, sem qualquer tipo de problema, com as chapas disputando em pé de igualdade absoluta".

Pelo calendário do Processo Eleitoral Funcef 2014, a posse dos diretores e conselheiros eleitos será no próximo dia 2 de junho.

Fonte: Funcef e Fenae

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