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Bradesco: situação econômica do País impactou no lucro em 2022

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Queda do lucro no 3º trimestre foi reflexo da desastrosa condução econômica do governo Bolsonaro


Lucrobradesco3101O Bradesco obteve, nos primeiros nove meses de 2022, lucro líquido contábil de R$ 19,295 bilhões, com alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2021. Entretanto, o resultado do 3º trimestre representou queda de 21,6% se comparado ao 3º trimestre do ano passado. O retorno do patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) ficou em 16,3%, com redução de 2 pontos percentuais em 12 meses.

Segundo relatório do Bradesco, a queda do lucro no 3º trimestre se deveu ao aumento da taxa Selic, que elevou o custo de captação do banco, e ao aumento das despesas de PDD em função do cenário de maior inadimplência observado no período.

A queda no lucro no 3º trimestre foi reflexo direto da condução econômica desastrosa do governo Bolsonaro. Em setembro passado o índice de endividamento das famílias chegou a 79,3%, aumentando também a inadimplência.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,9%, com alta de 1,3 p.p. em comparação a 2021. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) cresceram 72,7%, totalizando R$ 19,110 bilhões.

Emprego - O Bradesco encerrou o 3º trimestre de 2022 com 88.374 empregados, com abertura de 638 postos de trabalho em doze meses (245 no trimestre). Por outro lado, seu total de clientes aumentou em 4,3 milhões, totalizando 76,8 milhões. Somente com o que arrecadou com tarifas e serviços, receita secundária, o Bradesco cobriria em 129,7% o total de suas despesas com pessoal, incluindo a PLR.

A Carteira de Crédito Expandida do banco cresceu 13,6% em doze meses, atingindo R$ 878,571 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 16,2% em doze meses, chegando a R$ 352,672 bilhões, com alta em todas as linhas e destaque para o cartão de crédito (38,8%); crédito pessoal (+19%); e CDC Leasing Veículos (+15%).

Já o crédito para pessoa jurídica cresceu 11,9% em doze meses, alcançando R$ 525,899 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas subiu 8,2% no período e o de grandes empresas 13,9%. Apesar do crescimento geral nas linhas de crédito, foi possível observar uma diminuição no ritmo em relação aos trimestres anteriores em função da deterioração econômica do País, com estagnação da renda, inflação, aumento do endividamento e da inadimplência

Além disso, um descompasso evidente entre o ritmo de contratações e o aumento no número de clientes: o Bradesco pode e deve contratar mais, para assim reduzir a sobrecarga de trabalho a qual os bancários estão submetidos e o adoecimento, melhorando o atendimento ao cliente.

Redação, com informaçãoes do Seeb SP

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