Banco anunciou que 150 serão fechadas ainda neste ano
O Bradesco vai fechar cerca de 300 agências em 2020 para enfrentar o aumento das despesas operacionais que afetaram seus ganhos no terceiro trimestre. Seu presidente, Octavio de Lazari Junior, disse nesta quinta, 31, que a empresa registrou custos acima do esperado, ficando aquém de suas metas e decepcionando investidores. No entanto, o lucro líquido recorrente divulgado pela empresa totalizou R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre, um avanço de 19,6% em relação ao mesmo trimestre de 2018. E o lucro contábil subiu 16,5%, para R$ 5,009 bilhões.
Ou seja, o banco fala em redução de agências, mas não teve perdas que justifiquem essa iniciativa. Pelo contrário: segundo o relatório que divulgou, o principal impulso para o aumento do lucro foi o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, com alta de 7,5% no período. Em seguida veio a margem financeira (receita com operações de crédito), que cresceu 5,9%.
Em janeiro, o banco informou que seus custos aumentariam até 4% em 2019, mas subiram 7,5% nos primeiros nove meses do ano, o que teria pesado sobre suas ações do Bradesco. De acordo com Lazari Junior 150 agências serão fechadas ainda neste ano. O banco encerrou setembro com 4.567 agências.
Ele também informou que o recente programa de demissão voluntária teve 3 mil adesões até o momento, o que representa cerca de 3% do quadro de funcionários. A redução do número de agências prejudica a população e, somada à diminuição de mão de obra por conta dos PDVs, piora as condições de trabalho para os funcionários, aumentando os riscos de adoecimento.