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Acordo com Bradesco prevê integração de 2 mil comerciários à categoria bancária

Bradesco
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Após mais de dez anos de lutas, cerca de 2 mil trabalhadores enquadrados como comerciários estão prestes a ser reintegrados à categoria bancária.
Fruto da mobilização sindical e de um exaustivo processo de negociação com o Bradesco, as entidades de representação dos bancários chegaram a uma possibilidade de acordo que beneficia trabalhadores da área de financiamento de veículos em 22 estados e 70 pontos diferentes de atendimento.
Pelo negociado, esses trabalhadores continuam vinculados à Bradesco Financiamentos, mas na condição de bancários. Hoje, a jornada média é de 44h semanais. Com a proposta, 60% dos beneficiados, que são comissionados, poderão ter a jornada reduzida para 40h semanais, enquanto que para os que estão enquadrados na faixa do piso salarial a jornada pode ser reduzida para 30h semanais. O acordo prevê regulamentação de pelo menos dois finais de semana de folga e não mais do que cinco dias de trabalho consecutivos. Também estão previstos ganhos financeiros, já que a base de remuneração atual é por produção. Pela nova proposta, a remuneração passa a ser de salário fixo calculado pela média de produção dos últimos 12 meses. Para os que recebem piso (hoje R$ 952,00) está previsto o piso da categoria, de R$ 1.503,32 , o que representa aumento imediato 71%. Aos comissionados o aumento pode chegar a até 137%.  Atualmente, desses 2 mil funcionários, apenas 800 recebem Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Com a nova proposta todos passam a ter o direito. Além disso, a oportunidade de carreira passa a ser maior, já que a empresa será porta de entrada para qualquer outra área do banco, a exemplo do que ocorre hoje no Telebanco. “Trata-se de uma importante vitória, pois estamos resgatando direitos que foram retirados de forma desumana pelo Bradesco”, afirma Maria de Lourdes Silva, a Malú, dirigente da FETEC-CUT/SP. Em 2002, por ocasião da fusão com a Finasa, o Bradesco transformou em comerciários os bancários dessa instituição especializada em financiamentos. Em 2009, foi a vez dos funcionários do antigo BMC. Comprado pelo Bradesco em 2007, eles foram pressionados a assinar uma carta solicitando transferência para o Finasa. Dessa forma, passaram a ser promotores de vendas, perdendo direitos históricos como PLR, vale-refeição, dentre outros. Para valer, a proposta deverá ser ratificada pelos trabalhadores em assembleias. Fonte: Fetec-CUT
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