Governo golpista promove privatização gradual e irrestrita, e que se estende a outras empresas
Gradualmente, o governo golpista vem acelerando a privatização do Banco do Brasil. O fechamento de agências pelo País, os milhares de demissões via PDV e a venda de operações (como a de seguros e, segundo fontes, em breve a de cartões de crédito), são passos de uma escalada que aos poucos vai fazendo o desmonte do BB. Um desmonte não só estrutural, mas, também, imagético, já que as notícias veiculadas pela mídia comercial convergem para o desgaste do papel do banco público.
Tudo somado, na última sexta, 5, o Tesouro ainda anuncia a venda de ações do banco detidas pelo Fundo Soberano (FSB), o que faz com que a participação da União caia para 50,7% e fique praticamente no limite para a manutenção do controle acionário. “A cada uma dessas ações o Banco do Brasil vai se tornando menos público, mais distante do desenvolvimento do País e da sociedade brasileira”, aponta a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, destacando que o BB é hoje o maior investidor de crédito rural no País. Em artigo publicado ontem em seu blog o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Fernando Nogueira da Costa, avalia que o processo de venda das ações do BB detidas pelo FSB objetiva o reforço ao caixa do governo, abalado com a fraca recuperação da atividade econômica e seus impactos na arrecadação fiscal. “O governo temeroso está colhendo o que plantou: o choque de juros, que permaneceu 15 meses em 14,25%, o corte de investimentos públicos, com queda real de 61% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, e a reversão de expectativas quanto ao futuro do País, registrada pela queda de -7,2% do PIB no último biênio”, escreveu (leia íntegra em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/…/privatizacao…/).