Área restrita

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, abriu nesta quarta-feira 14 a mesa de negociação das reivindicações específicas com o BB, em Brasília, expressando o forte desejo dos trabalhadores de que as discussões sejam eficazes e que a empresa apresente propostas concretas para cada tema. O Comando propôs que o primeiro eixo a ser debatido fosse sobre saúde, previdência e condições de trabalho, uma vez que grande parte das reivindicações entregues ao banco está relacionada ao assédio moral e violência organizacional e à cobrança de metas abusivas, que têm trazido sérias ameaças à saúde física e mental dos bancários, e também à carreira profissional. As condições de trabalho e o nível de adoecimento e afastamentos ou uso de remédios tarja preta nunca foram tão grandes na história do banco. Lucro recorde permite atender reivindicações A primeira rodada de negociação das reivindicações específicas ocorreu um dia depois de o BB anunciar o lucro líquido semestral de R$ 10 bilhões, o maior da história do sistema financeiro nacional. O cenário em que ocorrem as negociações de renovação dos direitos coletivos é extremamente positivo para que o banco apresente propostas e resolva os problemas do funcionalismo. O BB paga toda a sua despesa de pessoal somente com as receitas de tarifas e serviços e ainda sobra. A relação entre receitas com prestação de serviços e as despesas de pessoal foi de 126% no primeiro semestre. Fim da discriminação é possível com Cassi e Previ pra todos O resultado mostra o quanto é injustificado o BB discriminar ainda cerca de 15 mil funcionários em relação ao direito de usufruir a assistência médica da Cassi, bem como de terem os mesmos direitos que os mais de 100 mil funcionários beneficiários da previdência complementar da Previ. A Contraf-CUT demonstrou na revista O Espelho nº 269 (março/13) que um dos motivos para a direção do banco não incorporar os bancários egressos de outros bancos aos direitos da Cassi e Previ é economizar às custas de tratamento diferenciado aos funcionários. Enquanto um bancário contratado diretamente pelo BB custaria 175 mil pela Cassi - cálculo feito com salário de R$ 5 mil, com 30 anos de banco e 30 anos de expectativa de vida após aposentadoria -, um bancário oriundo da Nossa Caixa paulista custaria R$ 87 mil e um do Besc R$ 58 mil pelas regras dos planos das instituições incorporadas. Essa é uma das questões. É inadmissível dois funcionários da mesma empresa, fazendo a mesma coisa, sob o mesmo regulamento e um deles não tendo direito ao plano de saúde Cassi durante a vida laboral e após a aposentadoria. Plano de funções tem que ser revisto e gratificações aumentadas O lucro do BB também demonstra o absurdo que foi a implantação unilateral do plano de funções em janeiro deste ano, que reduziu os salários e as gratificações de funções. O objetivo da direção do banco foi reduzir custos de pessoal à base de retirar direitos conquistados em campanhas salariais dos bancários. Enquanto isso, a direção do banco aumentou o passivo trabalhista em 14% nos últimos 12 meses, indo a três bilhões de reais. BB precisa focar mais programas sociais como o Pronaf A carteira de crédito do banco chegou a R$ 638 bilhões, sendo que a fatia do agronegócio chegou a R$ 126 bilhões e o Pronaf somente a R$ 26 bilhões. Enquanto o governo federal se ocupa com a questão do controle da inflação, o principal banco público do país reserva 4,11% de sua carteira de crédito para o principal programa de agricultura familiar do Brasil, que fornece o alimento de grande parte da população brasileira. Funcionalismo exige mais contratações O BB reduziu em 276 o número de funcionários no último ano e aumentou em quase três milhões a base de clientes. Enquanto isso, há um clamor de ponta a ponta no país, inclusive dos administradores, por contratação e revisão na dotação das unidades. Nem é preciso dizer da imoralidade de lesar milhares de cidadãos aprovados nos concursos do BB, que não são chamados e muitos vêem o prazo de validade do certame se esgotar. O banco prefere o inverso: dos poucos bancários que existem nas agências, a empresa permite que seus gestores retirem a maioria do atendimento ao público para escondê-los em falsas centrais de crédito, para cumprir metas de vendas de produtos. Perdem os clientes, perdem os bancários, perde o Brasil. Para ele, esses são alguns dados que demonstram a diferença de foco e de oposição entre as metas do acionista majoritário, o governo federal, e as metas da direção do BB. É a questão da gestão do lucro e não da gestão da empresa pública com o foco na responsabilidade e no papel social da instituição. Descumprimento de acordos e convenções Na primeira mesa de negociação com a Fenaban, a entidade dos banqueiros foi enfática ao dizer que é inadmissível os bancos descumprirem a Convenção Coletiva. Mas os gestores do BB publicaram ranking expondo nomes de bancários durante os 12 meses de vigência do contrato de trabalho. O BB ainda desrespeitou no primeiro semestre de 2013 a cláusula de folgas do acordo coletivo, pois não cumpriu o direito contratado na cláusula 39ª de os bancários manterem saldo de folgas e não fazerem mais trabalho extraordinário enquanto isso. O que nós pedimos para essas mesas de negociação e após a contratação dos direitos da categoria é que o banco, empresa pública de tão grande porte e com diversas áreas e diretorias, respeite os seus funcionários. O que o BB fez com relação ao saldo de folgas no primeiro semestre foi uma violência contra seus trabalhadores, que sempre atendem aos chamados do banco para trabalhos extraordinários. BB diz ter boa expectativa com negociações Nesta primeira rodada, o banco comentou o bom resultado do semestre também. Afirmou que ele é fruto de sua força de trabalho e das estratégias corretas adotadas pela empresa e governo. A empresa espera que as mesas de negociação tragam avanços sobre os temas debatidos. Em relação à questão de incorporação dos funcionários egressos de outros bancos, acha que as partes têm que aprofundar estudos sobre os números dos fundos e reservas das entidades incorporadas de saúde e previdência. Sobre a cobrança enfática das entidades sindicais sobre as metas abusivas e as formas de cobrança delas, o banco afirmou não concordar também com cobranças indevidas ou violentas. Disse que isso não é orientação da empresa. Mas sinalizou que a mesa pode aprofundar a questão. Cláusulas de saúde e fim dos descomissionamentos O tema saúde será retomado na próxima mesa de negociação, na próxima semana. A cláusula 11 da minuta trata de diversos direitos sobre saúde ocupacional e a cláusula 32 refere-se à conquista contra os descomissionamentos imotivados. Todo ano o banco faz ameaças de retirar a cláusula, mas o que nós queremos são avanços e não retrocessos. Em relação à saúde ocupacional, deixamos claro que problemas de saúde e seus efeitos são responsabilidade do banco e não da Cassi. Demais questões As entidades sindicais voltaram a cobrar a reclassificação das faltas de luta contra o plano de funções e o PL 4330, porque o banco está classificando como faltas não abonadas e não justificadas. Também foi cobrado do BB que dê posse efetiva ao conselheiro representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco porque o processo foi finalizado no semestre passado e o funcionalismo cobra pela agilidade no processo. Fonte: Contraf-CUT

Na próxima quinta-feira (22), os empregados da Caixa Econômica Federal realizam Dia Nacional de Luta e irão reforçar as manifestações com passeatas da categoria em todo país, dentro do calendário de mobilização da Campanha Nacional dos Bancários 2013. O dia nacional de luta na Caixa foi aprovado pelo 29º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo, e data foi definida na reunião do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. Na data os empregados da Caixa do Brasil inteiro precisam estar unidos e coesos com os trabalhadores de outras instituições financeiras, de modo a conquistar avanços tanto na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) quanto na mesa da pauta específica com a Caixa. O tema das condições de trabalho será uma das prioridades das negociações específicas da campanha deste ano. O objetivo, nesse caso, é acabar de uma vez por todas com a sobrecarga de trabalho nas unidades, pondo fim à frequente e desnecessária extrapolação da jornada, situação recorrente devido ao aumento da demanda e à falta de empregados. A luta do movimento nacional dos empregados é para que a direção da Caixa aumente a média de trabalhadores por agência. Negociações com a Caixa A segunda rodada de negociação específica entre representantes dos empregados e da direção da Caixa será no dia 19 de agosto, próxima segunda-feira. A primeira reunião, que debateu saúde e condições de trabalho, ocorreu na sexta-feira (9), sem o registro de qualquer avanço. Fonte: Contraf-CUT com Fenae

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne nesta quarta-feira (14), às 14h, com o Banco do Brasil para a primeira rodada de negociação da Campanha 2013 da pauta específica de reivindicações dos funcionários do BB, em Brasília. Estarão em discussão as demandas sobre saúde, condições de trabalho e previdência.

Com o lucro gigantesco de R$ 10,03 bilhões no primeiro semestre deste ano, o maior da história dos bancos no país, recursos financeiros não faltam para que o BB atenda as reivindicações gerais e específicas dos funcionários. Veja as principais reivindicações que estão em negociação nesta quarta: Condições de trabalho > Fim do monitoramento individual do GAT; > Mais contratações; > Cumprimento da NR-17 nas CABB; > Fim das metas intradia; > Fim dos rankings; > Fim da cobrança individual de metas; > Retirada das metas individuais da GDP; Saúde e Cassi > Cassi para todos; > Fortalecimento dos conselhos de usuários e Cipas; > Plano odontológico administrado pela Cassi com custeio pelo banco; > Ampliação das Clinicassi; > Promoção do Programa de Estratégia de Saúde do Trabalhador; > Redenciamentos de qualidade e ampliação de unidades próprias e melhor aparelhadas; > Cumprimento de legislação trabalhista através da ação conjunta de ESMT, Cipas e sindicatos; > Defesa do modelo de prevenção da Equipe de Saúde da Família; aumentar e melhorar os credenciamentos Previ > Previ para todos; > Fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo da Previ; > Direito de aposentadoria antecipada para mulheres aos 45 anos; > Contribuição do BB à Previ sobre a PLR; > Volta da eleição do diretor de Participações; > Redução da Parcela Previ; > Direito de resgate de contribuições patronais aos associados do Previ Futuro; > Aumento dos benefícios de risco; > Criação de teto remuneratório no benefício pago pela Previ; > Manutenção do pagamento do BET, suspensão das contribuições e teto de benefícios para 100% Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessora pela Comissão Executiva Nacional dos Empregados (CEE-Caixa) iniciou na tarde desta sexta-feira (9) as negociações com a Caixa Econômica Federal acerca da pauta de reivindicações especificas para Campanha Nacional 2013. A rodada, que ocorreu em Brasília, abordou demandas sobre a saúde do trabalhador, o plano Saúde Caixa e as condições de trabalho. Porém, antes de começar os debates, o Comando cobrou da empresa solução para questões ainda pendentes, a exemplo dos casos de descomissionamentos de dirigentes sindicais ocorridos em Santa Caratina e no Rio Grande do Sul e de empecilhos colocados à distribuição de material das entidades associativas e sindicais em determinadas unidades da cidade de São Paulo, todos enquadrados como práticas antissindicais. Os dirigentes sindicais cobraram também que a Caixa reveja sua posição de considerar como falta o dia não trabalhado em 11 de julho, em razão do dia nacional de luta promovido pelas centrais sindicais em favor da pauta da classe trabalhadora. Saúde do trabalhador Nos debates sobre saúde, o Comando defendeu a criação de unidades específicas para Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, com estruturas técnica e administrativa compatíveis com suas atribuições, sendo, no mínimo, uma por estado. Cobrou também o reconhecimento das atividades de tesoureiro, avaliador de penhor e caixa como insalubres, a extensão da pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados a todos os bancários que atendem público ou trabalham com entrada de dados, e a manutenção da titularidade e complementação salarial referente a CTVA para afastados por motivo de saúde, enquanto perdurar o afastamento. Os representantes dos empregados reivindicaram ainda o custeio integral pela Caixa do tratamento das doenças do trabalho, inclusive para aposentados por invalidez em função de acidente de trabalho, e defenderam a extensão da licença-aleitamento para mães com crianças de até um ano. O Comando cobrou ainda da Caixa procedimentos de efetivo combate a todas as formas de violência organizacional, sobretudo no que se refere ao assédio moral e ao assédio sexual. A imposição de metas e as pressões por resultados foram taxadas pelos dirigentes sindicais como exercício do assédio moral. Saúde Caixa Nas discussões sobre o Saúde Caixa, os representantes dos empregados propuseram a utilização do resultado anual para melhorias no plano, bem como o ressarcimento do valor integral dos procedimentos, em localidades em que não haja profissionais credenciados. O Comando reforçou a cobrança de transformação do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo e defendeu o fortalecimento dos comitês de acompanhamento da rede credenciada. A defesa da extensão do Saúde Caixa para as pessoas que se aposentaram por PADV foi feita, uma vez mais, pelo presidente da Federação Nacional dos Aposentados, Décio de Carvalho, que representa o segmento na mesa de negociação. Na oportunidade, o dirigente cobrou ainda informações da empresa sobre a busca de solução para os mais de 15 anos de congelamento dos benefícios pagos pelo INSS aos aposentados pelo chamado Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP). Os representantes da Caixa asseguraram que a extensão do plano aos aposentados por PADV está sendo avaliada e que a conclusão deve sair ainda em agosto. Sobre o PMPP, a informação é de que a Caixa adotou como procedimento acionar a Câmara de Arbitragem da Advocacia Geral da União (AGU), a fim de trazer o INSS para a discussão do assunto. Condições de trabalho O Comando apresentou à Caixa a exigência de que a abertura de novas unidades se dê somente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessárias ao atendimento adequado da população. Cobrou também o fortalecimento das estruturas das Gilogs para o atendimento das demandas existentes. Para o Comando, a melhoria das condições de trabalho exige o aumento do número mínimo de empregados por agência. A reivindicação feita é que haja dois tesoureiros por unidade, em dois turnos de trabalho, e no mínimo um TBN na retaguarda, por unidade. A segunda rodada de negociação da pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional 2013 com a Caixa ficou agendada para o dia 19 de agosto. "Essa mesa sobre temas específicos é importante porque temos muitas coisas para resolver com a Caixa e a hora de começar a pressão é agora, com mobilização por todo o país", ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, diretora da Contraf-CUT. Fonte: Contraf-CUT com Fenae

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne nesta sexta-feira, dia 9, às 15h, com a Caixa Econômica Federal, em Brasília, para a primeira rodada das negociações da pauta específica de reivindicações dos empregados da Campanha Nacional 2013. Estarão em debate temas como saúde e condições de trabalho. A pauta específica possui itens relacionados à saúde do trabalhador, condições de trabalho, Funcef e aposentados, fim do assédio moral, Saúde Caixa, jornada de seis horas e isonomia, entre outros. A minuta foi aprovada durante o 29º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), realizado entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo, e entregue à direção da empresa, no último dia 30 de julho, em São Paulo, ao mesmo tempo em que foi protocolada a pauta geral de reivindicações dos bancários para a Fenaban. Calendário de mobilização 9 - Continuidade da primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban 9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal 13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330 14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil 15 e 16 - Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego. 22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários 22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa 28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização 30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Os bancários das Américas realizam nesta quarta-feira (7) uma Jornada Internacional de Luta no Santander, com manifestações em todos os países onde o banco espanhol atua. O objetivo é denunciar o desrespeito aos direitos dos funcionários, a pressão das metas abusivas para venda de produtos, o assédio moral e o uso de práticas antissindicais. A atividade foi definida pela Rede Sindical do Santander, durante reunião promovida pela UNI Américas Finanças e Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) no dia 9 de maio, em Assunção. Os trabalhadores cobram respeito, diálogo social e valorização no trabalho, com direito de sindicalização, negociação coletiva, liberdade de expressão, igualdade de oportunidades e fim das perseguições e discriminações. É inaceitável a utilização de quaisquer medidas que afrontem a organização e a mobilização dos trabalhadores e violem normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Trata-se de mais uma jornada internacional, que visa fortalecer a unidade de ação das entidades sindicais nas Américas e reforça a luta por um acordo marco global, buscando garantir direitos básicos e fundamentais para os trabalhadores do Santander em todos os países do mundo. A mobilização ocorre após o dia internacional de luta contra as práticas antissindicais, realizado no último dia 23 de maio. Na ocasião, foi denunciada principalmente a ação judicial movida pelo banco no Brasil contra entidades sindicais que fizeram protestos no dia da decisão da Copa Libertadores, em 2011. Novas ações foram ajuizadas posteriormente para tentar calar a voz dos trabalhadores. Houve também manifestações contra a repressão do Santander à organização sindical dos funcionários do Sovereign Bank nos Estados Unidos, onde até hoje não há sindicatos de bancários. América Latina: 51% do lucro do Santander O Santander lucrou 2,255 bilhões de euros no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. A América Latina participou com 51% do lucro mundial: Brasil (25%), México (12%), Chile (6%) e demais países - Argentina, Uruguai, Peru e Porto Rico (8%). O restante veio do Reino Unido (13%), Estados Unidos (12%), Espanha (8%), Alemanha (5%), Polônia (5%), Portugal (1%) e Resto da Europa (5%). Se a maioria do lucro do banco vem da América Latina, os bancários daqui não podem continuar sendo tratados como se fossem de segunda classe. Lucros bilionários e corte de empregos no Brasil O Santander Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,929 bilhões no primeiro semestre de 2013. Apesar disso, o banco seguiu demitindo trabalhadores e eliminou 2.290 empregos. Nos últimos 12 meses, o corte foi de 3.216 postos de trabalho. A extinção de vagas não se justifica. Esse modelo de gestão, baseado na redução de custos, através da rotatividade e da extinção de vagas, piorou ainda mais as condições de trabalho, sobrecarregando e adoecendo muitos colegas e prejudicando o atendimento e a fidelização de clientes. Não é à toa que o banco liderou pelo quinto mês consecutivo, em junho, o ranking de reclamações do Banco Central. Os bancários reivindicam o fim das demissões e da rotatividade, mediante a aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que proíbe dispensas imotivadas. Cobramos também mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho e garantir atendimento de qualidade aos clientes e à população, bem como a realocação dos funcionários atingidos por fusões de agências ou extinção de funções. Os trabalhadores querem ainda o fim das terceirizações no banco e defendem igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional, sem quaisquer discriminações. Milhões para altos executivos no Brasil Enquanto corta empregos para reduzir custos, o Santander Brasil aprovou um aumento de 37,5% na previsão da remuneração global anual de 2013 para o alto escalão do banco na assembleia dos acionistas, realizada em 29 de abril, em São Paulo. Os 46 diretores estatutários ganharão este ano R$ 364,1 milhões e os 9 membros do Conselho de Administração, R$ 7,7 milhões. Dois acionistas minoritários votaram contra. Segundo cálculos do Dieese, cada diretor vai receber, em média, R$ 5,6 milhões por ano, o que corresponde a 118,4 vezes o que vai ganhar um caixa no mesmo período. Enquanto isso, os milhares de funcionários possuem salários que estão entre os menores do sistema financeiro e sem expectativas de carreira, diante da falta de um Plano de Cargos e Salários (PCS) e das distorções existentes nos cargos de mesma função. Trata-se de uma tremenda injustiça no banco que precisa acabar. Melhores condições de trabalho já! A situação nas agências está cada vez mais insustentável, diante da enorme falta de funcionários, das metas abusivas e do assédio moral. Os bancários estão estressados, muitos tomando remédios tarja preta e outros já adoeceram no trabalho e estão afastados. O quadro de pessoal das agências está reduzidíssimo. Tem agências fechando ao meio-dia para o almoço dos funcionários que restaram. Os funcionários não aguentam mais. Os bancários reivindicam mudança na gestão do banco. Caixas não podem ter metas individuais Os bancários querem ainda o cumprimento do comunicado interno do banco sobre as atividades do caixa. No texto, encaminhado aos gerentes gerais e de atendimento na rede de agências, consta que os caixas "não podem estar sujeitos ao cumprimento de metas individuais de venda de produtos bancários. E a avaliação deve ser baseada pelo atendimento". trata-se de um avanço importante, pois a função do caixa não é vender produtos, mas fazer um atendimento de qualidade aos clientes e à população. Caso algum caixa continue com metas individuais, ele deve fazer denúncia ao seu sindicato. Os trabalhadores exigem emprego decente e aposentadoria digna. E que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros. Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças e CCSCS

Mais Artigos...